Saiba mais
Saiba mais
História da Tradição dos Ernanis
Ernani de Carvalho
Ernani I
(1906 - 1927)
Começou sua carreira como preposto de um dos primeiros leiloeiros do Rio de Janeiro, Joaquim Alfredo da Cunha e Laje e, após a morte deste, assumiu a direção dos negócios.
Atuou no tempo em que os leilões eram realizados dentro das mansões dos grandes colecionadores, dispersando ao correr do martelo tesouros de arte antiga, jóias e pratarias, móveis de época e, não raras vezes, leiloava a própria residência onde se efetuavam as vendas.
Entre seus feitos históricos, destaca-se a venda de todos os loteamentos de Ipanema e Leblon, em virtude da falência da imobiliária responsável.
Sua elegância no vestir ganhou notoriedade, bem como a firmeza e vivacidade com que conduzia os pregões. Durante os leilões, usava sempre dois brilhantes solitários: um na mão direita e outro no prendedor da gravata, detalhes que os chargistas da época fizeram questão de fixar em seus desenhos.
Em 1913, ganhou o tradicional "Martelo de Ouro" que acompanha a família Ernani até hoje.
Horácio Ernani de Mello
Ernani II
(1927 - 1963)
Após adquirir experiência como preposto do pai, montou seu escritório e sala de pregões na Rua São José, 26. No seu tempo, os leiloeiros trabalhavam em grandes armazéns, aonde afluíam os comparadores para passar horas a fio de pé, na acirrada disputa pela maior oferta e melhor pechincha.
A exemplo do pai, também realizou leilões nas residências dos grandes colecionadores, dispersando preciosidades como as faianças das Caldas da Rainha, as raridades bibliográficas do Dr. Francisco Simões Correa, as coleções memoráveis de Henri Kerti, da marquesa Elisa Larenas Canela, de Cunha Vasco e da embaixatriz Rodrigues Alves.
Em diversas oportunidades a própria História do Brasil passou pelo seu martelo, como quando leiloou os objetos históricos do Brasil - Colônia e dos Primeiro e Segundo Reinados (Coleção Dr. Raul de Moraes), ou por ocasião do Leilão das Peças Imperiais do Museu Histórico Simoens da Silva, que continham relíquias que os mais importantes museus do país não conseguiram reunir em seus acervos.
Ao apregoar a coleção da viúva Zulmira de Mattos Velloso, leiloou o célebre quadro de Almeida Junior "Último Modelo", que foi a causa da morte trágica do artista: O marido da modelo, investido de ciúmes, escolheu a vingança pelo assassinato.
Ernani II destacou-se, dentre os leiloeiros de sua época, pelo rigor e honestidade com que dirigia seus negócios e pela preocupação em fazer dos seus leilões um acontecimento simultaneamente social, cultural e comercial. A apresentação de seus catálogos era sempre feita por uma personalidade ligada às artes e à cultura, como Gustavo Barroso,na época diretor do Museu Histórico, Chermont de Brito ou Rubem Braga, apenas para citar alguns.
A visão ampla que Ernani II possuía do fenômeno do leilão foi assumida de público no Catálogo da Coleção Armando Chermont, dispersada em novembro de 1949, onde inseriu estas palavras: "Adquirir e colecionar obras de arte, além de construir uma satisfação intelectual e moral, de ser o cumprimento de uma função social, cultural e educativa representa um ótimo investimento de capitais".
Inaugurando uma saga de inovações no mundo da leiloaria, que seria seguida com sucesso pelos seus descendentes, Ernani II foi o pioneiro na coleta de obras de arte de colecionadores diversos para realização de pregões no horário noturno.
Horácio Ernani Thompson Mello
Ernani III
(1963 - 1978)
Foi, sem dúvida, o que levou a dinastia Ernani ao seu ponto máximo. O brilho carismático na condução dos pregões fez com que o mais notório colunista social de sua época , Ibrahim Sued , o batizasse com a alcunha de "Le Roi". A importância de seus leilões, a cultura pessoal e o espírito inovador o projetaram além de nossas fronteiras, transformando-o no único leiloeiro do Brasil a ser citado com frequência na revista "Connaissance des Arts". E, como se não bastasse, demonstrou notável espírito público, dedicando a venda de seus catálogos em beneficio de instituições como a Casa do Pequeno Jornaleiro, a Fundação Romão Duarte de Mattos, a Casa dos Artistas, a Pequena Cruzada e a Pró-Matre.
Começou a atuar como preposto do pai em 1957 e, seis anos depois, com o falecimento deste, tomou a frente dos negócios, imbuído da certeza de que o mundo dos leilões necessitava de aprimoramentos. E não hesitou em concretiza-los, a despeito das opiniões em contrário de seus colegas de profissão.
Em 1962, alugou uma enorme residência, a Vila Venturosa, situada na Ladeira da Glória, 99, com objetivo de oferecer mais conforto a seus clientes. No catálogo do Leilão de Arte Sacra que realizou em dezembro de 1963, expôs com clareza o que pretendia:
“De longa data tenho desejado fazer uma experiência, visando maior conforto aos nossos amigos e clientes. Até agora todos os leilões de arte têm sido realizados em condições relativamente precárias, onde a clientela é obrigada a ficar horas a fio de pé, pois em quase todos os locais em que se realizam as vendas o espaço é pouco e ... os assentos contados ...
Desta vez, apesar das condições presentes, já ensaiamos melhoria, oferecendo ao público cadeiras para o seu conforto, além de mostrar as peças apregoadas uma a uma, para seu maior destaque. Considerando-se que os objetos já foram expostos durante vários dias antes das datas dos leilões e que foram examinados pelos interessados, acreditamos no êxito dessa nova forma de proceder. Nas maiores capitais do mundo há salões especiais para leilões de arte, oferecendo o conforto que a civilização impõe, e não vemos razão alguma para que o Rio de Janeiro, capital espiritual do país, fique privado do progresso que merece.
Brevemente, e graças à colaboração e visão do Sr. Santos Bahdur, teremos uma sala para leilões, devidamente planejada e calculada para tal fim e localizada em incorporação lançada por este inteligente e progressista homem de empresa. Esperamos que os bons amigos e clientes revelem quaisquer deslizes de nossa parte, já que a presente experiência ... é uma experiência”.
Para os outros leiloeiros, colocar compradores sentados com conforto era um erro terrível, porque eliminava "o calor do pregão". Mas eles estavam enganados e Ernani III no caminho certo. Com o tempo, os demais leiloeiros da cidade trataram de providenciar assentos para sua clientela, indo a reboque do pioneirismo de Ernani Leiloeiro.
Uma outra inovação introduzida por Ernani III, desta vez mais ousada, foi estabelecer o sistema de números para cada comprador, que evitava o monótono ritual de assinatura de uma papeleta a cada arremate de uma peça, obviamente os demais leiloeiros se insurgiram contra a idéia, tecendo argumentos como este: "Ernani, os clientes não podem ser tratados como passarinhos de criação, numerados e catalogados ... não vai funcionar" Mas a praticidade do novo sistema foi muito bem recebida e, mais uma vez, não restou aos outros leiloeiros senão seguir o caminho aberto por Ernani III.
Em setembro de 1967, ele deixou a Vila Venturosa e transferiu-se para uma nova e mais ampla sede, localizada na Praia do Flamengo, 154 (esquina com a Rua Dois de Dezembro). Foi a primeira a receber o título de Palácio dos Leilões. Ali, Ernani III permaneceu até 1973, consolidando sua posição de leiloeiro dinâmico, admirado e respeitado, que não temia inovar para melhor servir à sua clientela.
Em novembro de 1973, mais um passo à frente: inaugurava o Palácio dos Leilões na Rua Voluntários da Pátria, 204, esquina com a Rua Dona Mariana, dotado de grande conforto e tecnologia inovadora. Sob titulo "Promessa é Divida", Ernani III explicou no catálogo do leilão inaugural as modificações que introduzia no ritual das vendas:
"Abrem-se as portas do novo Palácio dos Leilões. Como é do conhecimento de nossos clientes e amigos, um longo e minucioso trabalho de pesquisa orientou a escolha do novo local e o seu projeto de ambientação. Assim, a escolha, que a nosso ver não podia ser mais acertada, recaiu sobre uma das mais tradicionais casas de Botafogo, pertencente a ilustre família brasileira, em local compatível com suas mais caras tradições. Assim, dotamos as salas e salões de sistema especial de iluminação, instalou-se um serviço de intercomunicação sonora que permitirá a participação instantânea, nos lances dos compradores interessados, mesmo que estejam em dependências afastadas do local onde se realiza o pregão. E, para isso, um circuito interno de televisão mostrará, também, no exato momento, a imagem da peça no ato do leilão. Esse o espírito que norteou a reforma desta bela mansão em Botafogo, e hoje tem a honra de receber a presença de todos nossos amigos."
No mesmo catálogo, o crítico José Roberto Teixeira Leite mostrou um outro aspecto da inovação promovida por Ernani:
"Como crítico e historiador de arte, e ao contrário de alguns colegas que por desinformação,quero crer, combatem sistematicamente os leilões, só posso ver com bons olhos esse aprimoramento encetado por Ernani, certo de que caber-lhe-á parcela nada desprezível na revalorização por que passa a atividade artística em todos os seus setores, com reflexos até no campo da mais pura criatividade. E me sinto à vontade para exigir-lhe, doravante, novos e mais amplos desenvolvimentos, pois se alguém no Brasil pode inovar e criar em matéria de vendas públicas, esse alguém é Ernani, leiloeiro por vocação e atavismo, vinculado ao passado, mas aberto ao futuro".
Entre os diversos textos que marcaram a inauguração do novo Palácio,acontecimento que sacudiu a cidade, vale a pena reproduzir aqui o de Chermont de Brito, porque joga luz sobre uma das muitas qualidades que possuía "Le Roi" dos leiloeiros cariocas:
"Ernani prepara seus leilões não apenas com a preocupação do lucro, mas com o cuidado de um verdadeiro decorador. Ele sabe valorizar a boa peça. destacar o quadro famoso, a louça rara, o marfim magnífico, o esmalte suntuoso, o tapete esplêndido. Ele inteligentemente não reúne todos os melhores objetos num salão único, o principal, mas coloca em todas as salas peças valiosas, de maneira que os amadores de arte tenham o prazer de percorrer todo o "Palácio dos Leilões", conhecer cada uma das salas, pois que numa delas poderá encontrar-se o objetos há longo tempo sonhado. E isso obriga a permanência no leilão desde a primeira noite, animando-o. dando-lhe vida e movimento".
Marcado pelo seu bom gosto intrínseco e por um espírito de ousadia bem-sucedida, Ernani foi o grande inovador dos leilões: primeiro a ter mesa de apregoação, evitando a cansativa peregrinação por salões ,o que o obrigava a subir numa cadeira; a aceitar lances por telefone; a realizar um leilão composto exclusivamente de quadros a óleo e ainda o primeiro a captar peças de diversas origens para realizar leilões mistos.
Deve-se a ele, também, o lançamento e a calorização no mercado de arte de pintores como Enrico Bianco, que começou a alcançar cotações elevadas ao som de seu martelo, e Sigaud que confiou a ele seu primeiro óleo colocado à venda.
Entre os grandes leilões que Ernani III realizou, destacam-se o da Coleção Carmen Murtinho de Almeida que inaugurou o primeiro Palácio dos Leilões na Praia do Flamengo, o da Coleção Plácido Pinto -o maior conjunto de armas já vendido no país- e o da notável Coleção de quadros de Djalma da Fonseca Hermes e a Coleção Arnaldo Guinle.
Em dezembro de 1977 Ernani III realizou seu último leilão,surpreendido pela necessidade de entregar o Palácio ao fim do contrato de aluguel, porém rigorosamente alegre, na expectativa de realizar seu sonho dourado, de instituir o Palácio dos Leilões em sede da sua propriedade particular.
No catálogo de seu derradeiro leilão, anotou estas palavras:
"Diante da certeza de que, mais uma vez, cumprimos com o nosso dever de bem servir ao público brasileiro, vamos iniciar o Leilão da Primavera . Sob o comando da emoção, ele será o último realizado neste local, palco de tantos e memoráveis eventos.Estaremos no próximo ano, numa sede própria e definitiva, e já sob direção de Horácio Ernani de Mello Neto - o 4° Ernani . Com a colaboração de nossa excepcional equipe de produção, liderada pelo meu primo Adalberto Mello, o novo Palácio dos Leilões ressurgirá para manter atuante e renovada a tradição Ernani na leiloaria do Brasil".
Lamentavelmente, em abril de 1978, Ernani III faleceu sem poder concretizar seu projeto de aquisição da sede própria. Mas a morte não apagou seu nome, que se tornou uma verdadeira chancela na lembrança de quem o conheceu, sua personalidade carismática e seu talento insuperável, que refulge como o ouro do martelo que acompanha a tradição viva de Ernani Leiloeiro.
Horácio Ernani de Mello Neto
Ernani IV
(1978 - 2009)
Dentro da dinastia dos Ernani, foi o único a ser nomeado leiloeiro antes ter sido preposto de seu antecessor. Alçado à direção dos negócios com apenas 27 anos, tornou-se o leiloeiro mais jovem do Brasil, sendo ironicamente chamado de "menino" por alguns de seus colegas de profissão.
Estimulado pela descrença em sua juventude e mirando-se no exemplo de audácia do pai (a quem, diga-se de passagem, sugeriu muitas das inovações introduzidas no ritual de vendas públicas), Ernani IV lançou-se ao trabalho com entusiasmo, disposto a afirmar seu próprio valor.
A primeira iniciativa de peso foi realizar o sonho do pai: adquiriu uma mansão na Rua São Clemente,a de número 385, tornando-se o primeiro leiloeiro a ter casa própria no Rio de Janeiro. Não faltaram as vozes agourentas a desaconselhar o empreendimento, considerado por muitos excessivamente audacioso. Mas o tempo provou, uma vez mais, que quando um Ernani assume os riscos do pioneirismo, o resultado é sempre o mesmo: sucesso.
No catálogo que inaugurou o novo palácio, Ernani IV saudou a memória do pai e definiu sua filosofia pessoal de trabalho, com estas palavras:
“Estamos fazendo entrega à cidade do novo Palácio dos Leilões. Com a maior emoção, porque ele se instala em sede própria, tornando realidade um velho sonho acalentado por meu saudoso pai, o leiloeiro Horácio Ernani Thompson de Mello, embora não tenhamos atingido o que ele ardentemente desejara. Com o novo Palácio, a nossa homenagem à sua saudosa memória e o reconhecimento pelo que ele significou para todos nós, como exemplo de trabalho e orientação profissional.
O novo Palácio objetiva ser realmente o grande centro da leiloaria no Rio de Janeiro, aberto que está a realizações de leilões de todos os colegas, marchands e antiquários. Para tal, na reforma desta mansão da São Clemente, não hesitamos em criar condições especiais para a realização de grandes eventos, não apenas para exposição de peças, como também proporcionando as melhores condições de conforto aos nossos clientes no auditório especialmente construído.
O novo Palácio dos Leilões abre suas portas também para um intensivo programa de atividades culturais, em que se alinham exposições retrospectivas e de novos artistas. Cursos de extensão cultural integram igualmente nosso programa de trabalho, visando à maior informação aos participantes de leilão.
Outro aspecto a registrar é o nosso empenho em manter a memória arquitetônica da cidade. amor pela tradição, em nós incutido, também por meu pai. Preservando este belo prédio, queremos dele fazer um legado cultural ao Rio de Janeiro.
Como palavra final, o nosso agradecimento a todos pelo incentivo e aplauso que ajudaram a reabrir o novo Palácio dos Leilões, com o Grande Leilão que hoje se inaugura".
Desta maneira, Ernani IV tornou-se pioneiro na implantação de um auditório específico para a realização de leilões, dotado de palco giratório para a exibição de peças durante o pregão e também na instalação de salas e salões exclusivamente desenhados para a função de exibição prévia das peças a serem leiloadas.
Ernani IV instituiu, também, pela primeira vez no Brasil, o uso de computador para a confecção de listagem do acervo de peças, composição do catálogo e controle das operações de consignação, vendas e emissão de notas fiscais.
Entre os leilões mais importantes que conduziu pessoalmente, merecem citação o comemorativo dos 75 anos da Tradição Ernani -com as coleções de Carlos Silva Araújo e Cícero Leuenroth, em maio/ junho de 1981-, o pregão da Coleção Companhia das Índias, de Gabriel Gonçalves, além do segundo Grande Leilão de 1982 que atingiu recorde financeiro neste tipo de evento.
Pensando no futuro, mantendo acesa a tradição familiar e indo ao encontro da inevitável modernização das vendas públicas, Ernani IV instala um novo e mais amplo Palácio na Barra da Tijuca, adequado não apenas à venda de obras de arte, mas também para o pregão de animais de raça, maquinarias industriais e demais bens que porventura sejam confiados ao bater do famoso Martelo de Ouro.
Horácio Ernani Rodrigues de Mello
Ernani V
(Assumiu em 2001)
O quinto dos leiloeiros com a marca Ernani nasceu no dia 2 de abril de 1974. Tomou o nome de Horácio Ernani Rodrigues de Mello, filho de Horácio Ernani de Mello Neto (Ernani IV) e Carmen Lucia Boechat de Mello, também leiloeira .
Aos 8 anos seu pai o chamou diante de uma platéia de licitantes, em meio a um daqueles grandes leilões. Nesta época (1982/3) se vendia e se comprava de tudo. E a sociedade carioca começava a ver a obra de arte como uma das mais charmosas opções de investimento. A coluna Guia Semanal das Artes ,do editor Léo Christiano, publicada no Jornal do Brasil aos domingos, era sucesso de leitura e ali todos ficavam sabendo dos índices de valorização de mais de uma centena de pintores mais cotados do momento.
O menino pegou então o martelinho de ouro do pai- antes utilizado por seu avô e por seu bisavô- olhou sério para aquela gente e começou a recolher lances com a maior desenvoltura. O comprador foi Marcelo Niemeyer, primo do arquiteto mor. Em ato de extrema delicadeza, presenteou o quadro ao próprio pequeno leiloeiro. O nome Ernani prometia ali ser levado adiante com o mesmo brilho de seus antecessores.
Ainda criança foi responsável pela venda dos brinquedos num leilão residencial, ondeuma família tradicional do Rio se mudara para o exterior com medo da instabilidade econômica e politica do pais.
Seu primeiro leilão foi em 1999, aos 25 anos de idade, sendo o mais novo leiloeiro, ainda não respondendo pelo nome Ernani, e sim como leiloeiro Boechat, preposto de sua mãe, também leiloeira. Foi um período de breve experiência em que provou a seu pai ser digno de assumir o nome da família.
Este Grande Leilão foi realizado no Country Club de Nova Friburgo, com apoio de FURNAS e outras empresas que apostaram nessa ideia.
Sua estréia oficial, em grande estilo, foi em 2001,no Palácio dos Leilões, quando passou por seu martelo a famosa Coleção Noronha Santos, com manuscritos de Olavo Bilac, Machado de Assis, Manuel Bandeira e até os originais de uma pauta musical assinada por Richard Wagner. Uma ampla cobertura jornalística, com destaque no Bom Dia Brasil feita por Renato Machado, deu a ênfase merecida ao evento. Inovando nas divulgações de seus leiloes através de um site, Horacio Ernani foi o primeiro leiloeiro a utilizar esta ferramenta da internet .
Em 2009, com o falecimento de seu pai, Ernani IV, Horacio recebeu de sua mãe o martelo de ouro, símbolo de toda essa historia. Uma história que ainda está sendo escrita. *texto retirado do catalogo feito para comemoração de 100 anos de tradição.